segunda-feira, 2 de julho de 2012

E no início era o Verbo...

Que gostoso!
Acho que encontrei uma forma de expressar tudo o que estou sentindo nesse maravilhoso ciclo de gravidez. Confesso que comecei um diário à mão... mas pra quem usa o computador desde pequena (sim, filha de pai programador!), não estava sendo muito produtivo abrir a agendinha, sabe.
Sou médica residente em Ginecologia e Obstetrícia e achava que estaria preparadíssima para a tão sonhada gravidez. Em partes, acertei! Mas errei quando pensei que a minha formação fosse me dar respaldo. Todas as pequenas certezas que tenho são aquelas que vêm do fundo do coração, e foram plantadas pela minha mãe ou pelo meu pai em algum dia, e moldadas pela maneira Mariana e Maurício de ver o mundo.
Sim, nada como ter um marido-melhor amigo-pau pra toda obra-confidente pra tocar a vida junto!
Então, resistirei, mas não vou ficar postando coisas médicas aqui não!
Esse espaço é pra falar sobre ser mãe hoje! Mais do que mil exames, ficar magra, enxoval nos Estados Unidos (sim, gosto de tudo isso), estou escolhendo focar nos princípios da família que estamos construindo. Investimento com menos riscos, vocês não acham?
Eu mesma vou me surpreender, tenho certeza, em como, em alguns assuntos, sou "na contramão" do pensamento comum, do tipo "mil tecnologias para crianças" ou "escolas trilingues são fundamentais".
Na classe média brasileira, e especialmente na classe médica em que me encontro, mais ainda em São Paulo, onde se trabalha mais do que o corpo aguenta, há uma tendência incrível em comprar a consciência com dinheiro, tecnologia e "itens exclusivos". Eu sei que parece super fácil de reconhecer essas tentações no dia-a-dia, mas não é tão fácil assim. Quer dizer, pra mim, que sou quase uma recém-casada, no meio dos 20 e poucos anos e residente, é fácil optar por não comprar o tip-top da Daslu que vi esses dias... mas e pra quem ganha 30.000 por mês, todo dia 05, na conta, bonitinho? Será que é fácil?
Taí outra grande vantagem de ter escolhido ser mãe nova (as outras mil vantagens eu vou escrevendo com o tempo). A gente não tem muita escolha, e, no fim do mês, só sobra amor e carinho para o marido e para o bebê. Que bom, né?

Bom, chega de brainstorm! Vamos ser organizados, que nem prontuário médico (teoricamente) é. Pelo menos os meus são!

Meu primeiro post aqui vai falar de um assunto que está sendo chatinho pra mim, porque nunquinha na vida pensei que fosse passar, mas que no fundo tô me sentindo a maior guerreira do Brasil: estou morando na Moradia dos Residentes!

Aguardem o post logo, logo! Tá quentinho!

Beijos,

A Mari do Mau e do Vicente.

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